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Advocacia

17 agosto, 2012

Advocacia: Fim ou início?

Estamos diante de uma revolução na advocacia, seja pela tecnologia, seja pela gestão, dizem alguns. Outros, pensam que a advocacia está terminando, que estamos diante de processos padronizados, onde o pensar foi deixado para trás.
Parece que o fim apocalíptico está chegando. Ou seria o renascimento de uma nova era?
Ao meu ver, estamos vivenciando ambas as coisas: O fim e o início.
Temos vários aspectos envolvidos, entre eles gestão e tecnologia, entre eles o pensar, e claro tantos outros que muitos podem citar.
Vamos nos ater a estes três pontos para demonstrar o fim e o início: Gestão, Tecnologia e Pensar.
Gestão.
A advocacia antigamente era desenvolver raciocínio técnico para convencer o juiz de suas teses e vencer o processo para o cliente. Hoje, além disto – que precisamos ter, óbvio – precisamos gerenciar o nosso escritório, gerenciar os processos do cliente de forma a lhe informar números e dados estratégicos, temos que gerir muito mais do que apenas o processo e suas decisões.
Atualmente, os escritórios e até mesmo profissionais liberais que não gerenciam a si mesmos, estão fadados a terem poucos clientes e impossibilitados de crescer de maneira ordenada e correta.
Gestão é mais do que apenas dar ordens e achar que tudo vai ficar bem porque um problema foi solucionado. Gestão é criticar o modo atual de organização, é pensar em maneiras alternativas de controlar e gerenciar o escritório. É realmente pensar o seu negócio.
Tecnologia.
Como mudou a tecnologia de alguns anos pra cá na advocacia, não é mesmo?
Quem advogou nos anos 90 no RS, lembra de ter que ir ao TJRS na secretaria de jurisprudência e recursos, pesquisar manualmente jurisprudência, tirar cópias autenticadas e juntar no recurso especial ou extraordinário para ter os elementos básicos de admissão. Depois, mais para o final do anos 90 início dos 2000, tínhamos aquelas assinaturas de CD que vinham a cada 2 meses com um apanhado de jurisprudência e legislação atualizada. Nossa, como era mais fácil advogar com eles, pesquisas mais instantâneas e ainda eram repositório autorizados dos tribunais superiores!
Um advogado formado a menos tempo poderá ler tudo isto e pensar: E a internet onde andava? E o site do Planalto com toda legislação federal, não tinha?
Realmente, não tinha. Estamos falando de 15 anos no máximo de mudança. A velocidade que a informação chega hoje é milhares de vezes maior que antes tínhamos.
E mais: Há 10 anos, quem falaria em um processo completamente eletrônico? Quem falaria que advogados tem que entender de certificação digital, digitalização, tamanho de arquivos, entre outros?
A tecnologia está mudando a advocacia. Para melhor, ao meu ver.  Aqueles que dizem que a tecnologia está transformando advogados em menos advogados, esquecem que somente o ser humano pode mudar. Não é porque tenho hoje um Google a minha disposição que sou menos advogado do que era. Pelo contrário, hoje faço pesquisas mais rapidamente e posso ter o discernimento de separar o joio do trigo.
O advogado como deve ser advogado, realmente precisa de gestão, tecnologia e principalmente do pensar.
Pensar.
Advocacia deve pensar. Está inclusive no segundo mandamento da advocacia segundo Couture: Pensa. O direito se aprende estudando, mas exerce-se pensando.
Isto não mudou, nem mudará. A advocacia continua sendo uma profissão de pensar, de exercer estratégias de inteligência para conhecer bem a causa, as decisões e os meios de como obter o melhor resultado a seus clientes.
Quem assim não age, quem assim não vive a advocacia, vive em busca em modelos, em coisas prontas os resultados, está fadado ao insucesso.
Não conheço advogados bem sucedidos atualmente que não lidem bem com gestão, tecnologia e principalmente com o pensar. Alguns, não são afetos da tecnologia, por exemplo. Mas, tem pessoas estratégicas para fazerem para eles a parte operacional.
Aliás, gestão é nisto também: Não precisamos fazer tudo, precisamos fazer o que precisa ser feito com pessoas especializadas para tanto.
Enfim,
Gestão, tecnologia e pensar. Três pilares que não encerram, mas demonstram que a advocacia de uma certa forma findou e estamos iniciando outra forma, outra maneira de ver a profissão.
 
“Aproveite a tecnologia naquilo que ela lhe for útil, utilizando a gestão de maneira ampla para satisfazer as necessidades e surpreender o seu cliente. Pense, execute, monitore. Exerça o seu melhor com o conhecimento que tem e a capacidade de adaptação  para crescer dia após dia. Assim, advogar será mais que um prazer, será um sucesso”. 
 

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